::Biografia ::


VULCANO é uma das principais bandas de Black/Death Metal do Brasil. É considerada a primeira banda de Metal Extremo do país e, possivelmente, do continente Sul-Americano. Fundada em 1981, época difícil em que o nosso país passava por uma forte transição política, social, econômica e musical. Na Europa surgia a NWOBHM e também bandas que revolucionariam o Metal tradicional criando uma sonoridade mais agressiva que ficaria conhecido como Black Metal, Death Metal. E foi assim que começou a trajetória desta banda que historicamente ajudou a enraizar e difundir o Metal pesado por este país e por isso é considerada a primeira banda de Black/Death de toda América Latina, seu primeiro registro foi entre ‘82 e ‘83 com o “single” "Om Pushne Namah" cantado em português que hoje é uma verdadeira relíquia do Metal underground brasileiro.

Os shows foram surgindo, mas as dificuldades eram imensas, a banda tinha que produzir seus próprios shows até mesmo colar os cartazes em postes e tapumes. Em ‘84 lançam a demo-tape "Devil On My Roof".

As primeiras mudanças de formação começam a surgir e a banda ainda não tinha conseguido adentrar o tão fechado cenário do Metal paulistano. Por ser de Santos, o VULCANO despontava-se mais pelo interior de São Paulo do que na capital, fato esse que levou a banda a gravar no ano de 1985 o VULCANO “LIVE!”. Gravado no mês de agosto na cidade de Americana, sem qualquer tipo de mixagem, foi o primeiro disco ao vivo de Metal lançado no Brasil e levou ao público toda agressividade do Metal pesado gerado por Zhema no baixo, Soto Junior na guitarra, Zé Flávio na guitarra base, Laudir Piloni na bateria e Angel nos vocais. E foi com essa formação que surgiu o primeiro disco de Black Metal brasileiro "Bloody Vengeance" em 1986 chocando a mente de muitos. Um disco sombrio, obscuro com letras enigmáticas, indiretas e hoje em dia soa mais atual do que nunca. Nos anos que se seguem a banda lança o "Anthropophagy" (‘87) e o "Who Are The True" (‘88) que foi um grito de revolta a uma situação que vinha sendo imposta por uma mídia mercenária que não vivia as coisas que aconteciam no underground e queriam que as bandas se tornassem mais populares, pasteurizadas o que viria acontecer na década de ‘90. Contra isto e uma situação de coisas o VULCANO lança em ‘90 o "RatRace" e resolvem dar uma parada para por as idéias em ordem. Neste período de reflexão o VULCANO ainda fez alguns shows, mas sem compromisso. Foi nesta época que a gravadora Cogumelo Records resolve relançar em cd os discos da banda e assim o VULCANO retoma o seu caminho. Em dezembro de 2001 são pegos de surpresa com a morte de Soto Jr. (guitarra) vitima de pressão alta, foi uma grande perda pelos anos de amizade e experiências vividas dentro do cenário underground brasileiro. Em 2003 o VULCANO grava um novo álbum intitulado "Tales From The Black Book", este álbum resgata toda a fúria dos anos ‘80 acumulados por todos estes anos de silencio. Trazendo de volta uma lenda chamada VULCANO.

Em 2006 o VULCANO lança 2 músicas inéditas em um split vinil com o Nifelheim da Suécia, com as músicas The Evil Always Return e Suffered Souls.

Em 2009 sai o 6o álbum de estúdio: "Five Skulls and One Chalice" pela Cogumelo Recs, último a contar com o vocalista Angel. No início de 2010, Luiz Carlos Louzada reassume o posto de vocalista encarando a 1a turnê da banda na Europa, a chamada “Bloody Vengeance in Europe Tour 2010”, que passou por 11 países com 16 shows, onde superam as expectativas do público. No inicio de 2011, o baterista Arthur Justo deixa o grupo, e Arthur Von Barbarian retorna em definitivo, gravando o novo álbum “Drowning in Blood” que é lançado em setembro do mesmo ano, consolidando definitivamente o VULCANO como uma das bandas mais criativas e prósperas musicalmente. Mais uma turnê européia em 2012, intitulada "You Were Warned, Vulcano Strikes Again! European Tour 2012", que abrangeu 10 países, com 21 shows em 25 dias pelo Velho Continente.

Em abril de 2013 é lançado o álbum “The Man The Key The Beast”, um dos três melhores álbuns do ano segundo a mídia especializada, e no mesmo mês, a banda parte para a terceira turnê européia ao lado dos suécos do NIFELHEIM, com os sérvios do grupo THE STONE, como banda suporte. A consagrada turnê chamou-se “Thunder Metal Tour - Conquering Europe”, com 16 shows passando por 9 países, em 3 semanas na estrada. Esta tour teve o desfalque dos músicos Diaz (baixo) e Fernando Nonath (guitarra) que não puderam acompanhar o grupo pela Europa, e contou com o músico e produtor Ivan Pellicciotti (ex-Fire Steel) no baixo. Ao voltarem para casa, realizam uma mini-tour com os veteranos britânicos do Avenger UK, e em seguida, o baixista Diaz anuncia sua saída do grupo, quando então, Ivan Pellicciotti é efetivado como novo baixista da banda, e a banda torna-se um quarteto.

Sem descanso, partem para a produção de mais um album e, em julho/2014, lançam o 9o full-lenght de estúdio "Wholly Wicked", através da parceria entre a Renegados Recs e o novo selo paulistano Thrash S/A. No mesmo ano, partem pela 4a vez para a Europa na "Evil Always Returns Tour", novamente ao lado do Nifelheim, tendo os croatas do War-Head como suporte. 16 shows em 3 semanas passando por 9 paises, culminando numa apoteótica apresentação em Londres, pela 2a vez no aclamado "Live Evil Fest". Durante a tour, é lançado o 2o album ao vivo do grupo, intitulado "Vulcano Live II - Stockholm Stormed", gravado em Estocolmo/Suécia, na tour de 2013, e lançado na Europa pelo novo selo inglês Cult of Horus Recs.

Em 2015, o grupo visita os EUA num exclusivo show no importantíssimo "Maryland Deathfest", tocando ao lado de baluartes do Metal Extremo como Bulldozer, Razor, Arcturus, Triptykon, Bloodbath... Também finalizam mais um trabalho de estúdio, o mcd "The Awakening of an Ancient and Wicked Soul" cuja música principal é uma obra conceitual dividida em 9 partes interligadas, baseada numa trilogia escrita por Carli Cooper, Zhema Rodero e Fabiano Barroso. Este trabalho deve ser lançado ainda no 1o.semestre de 2016 e marca a estréia do novo guitarrista Gerson Fajardo, agregado ao grupo no fim de 2015. No ultimo trimestre de 2015 dá-se inicio à produção de um documentário sobre os 35 anos de banda, com direção de Wladimyr Cruz (responsável pelo documentário "Woodstock Discos - Mais que uma Loja") em conjunto com a produtora JustDesign.

No início de 2016, Ivan Pellicciotti deixa a banda, e o baixista Diaz é reintegrado ao grupo, após quase 3 anos fora do Vulcano. No mesmo ano, realizam a 5ª tour europeia, ao lado dos grupos The Grief (Equador) e Warfect (Suécia) através da Roadmaster Booking, com 27 shows em 30 dias de estrada. Na volta ao Brasil, é lançado o filme "Os Portais do Inferno se Abrem - A História do Vulcano", com exibições em salas de cinema, seguido do lançamento em versão DVD (que traz como bonus, na integra, o show realizado no "Fortaleza Open Air", ocorrido em 22/janeiro/2016, em Fortaleza/CE). No fim de 2016, lançam nas plataformas digitais, simultaneamente, os trabalhos "The Awakening of an Ancient and Wicked Soul - Trilogy", e o novo álbum de estúdio "XIV".

No início de 2017, chega ao mercado a versão em digipack do álbum novo "XIV". A banda segue em turnê durante o ano, ao mesmo tempo que seu filme passa a ser exibido na tv à cabo, expondo sua história para um público não habituado com o som extremo, mas que se identifica com a perseverança de 3 décadas e meia de história. O fim da tour rendeu ao grupo o 3º álbum ao vivo oficial.

Lançado no começo de 2018, o álbum-duplo "Live III: From Headbangers to Headbangers" repassa a longa carreira da banda, em 23 músicas. Iniciam uma nova tour, em suporte ao recém-lançado álbum ao vivo e ainda no 1º semestre, filmam o show realizado no Sesc Pompéia (em São Paulo).

No início de 2019, Arthur von Barbarian se desliga do grupo, e para cumprir as datas agendadas, Bruno Conrado (baterista das bandas Kill Mister e Sinera) assume o posto. Logo em seguida, assinam com a Mighty Music da Dinamarca e iniciam a gravação do novo álbum de estúdio, além de confirmarem sua 6a tour pela Europa para novembro de 2019, através da divisão europeia da agência norte-americana Artery Global. A “Europe Stormed Tour 2019” passou por 13 países com 26 shows em 30 dias. Uma semana depois de retornarem ao Brasil, sai o 1º single “Bride of Satan” atingindo grande repercussão com suporte de um novo vídeo-clipe.

Em janeiro de 2020 sai o 2º single “Evil Empire”, música que a banda já vinha executando ao vivo na tour de 2019. No mês seguinte, é a vez do 3º single “Cybernetic Beast” ser lançado até que em março/2020 chega ao mercado “Eye in Hell”, álbum que colocou o Vulcano em evidência em inúmeros veículos de divulgação da cena underground europeia nos meses que se seguiram, mas que, infelizmente, não teve suporte através de uma turnê, pois seu lançamento coincidiu com o início da pandemia mundial.

2021 marca o lockdown na região da Baixada Santista, mas assim que inicia a flexibilização, a banda entra em estúdio para a gravação do sucessor de “Eye in Hell”. Enquanto a gravadora europeia preparava a estratégia para o novo trabalho, finalmente é lançado em setembro/2021 no Brasil, o novo cd/dvd ao vivo da banda (registro que, de certa forma, marcou a “despedida” do veterano baterista Arthur von Barbarian). O digipack triplo “Majestic Satanic Eruption” contém o cd ao vivo do Vulcano, além do cd ao vivo com o show da banda VAZIO (com quem a banda dividiu o palco na ocasião), e o dvd trazendo ambas performances. Em novembro do mesmo ano, através da dinamarquesa Emanzipation Prods (sub-divisão da Mighty Music), é lançado o 1º single “Ship of Dead” (que foi acompanhado de um visualizer-vídeo). Encerram o ano com o lançamento do 2º single “Trigger of Violence”.

Em janeiro/2022 sai o 3º single “Vulcano Will Live Forever” (com suporte de um lyric-video), uma releitura que a banda fez para uma música da banda CADAVERISE (de Teresina/PI), cuja versão original fez parte da 3ª demo “The Most Haunted Cemetery Songs” (de 2014), e letra é uma homenagem à obra do Vulcano. Em abril é lançado “Stone Orange” o álbum de estúdio mais extenso do grupo, com 16 faixas (e 17 faixas na versão brasileira, via Hellion Records), resultado de muitas ideias musicais trabalhadas durante todo o período sem se apresentar ao vivo em virtude da pandemia mundial). Aos poucos o grupo retoma a agenda de shows, até que a estabilidade de 3 anos da formação fixa é quebrada com a saída do baixista Diaz. Para seu lugar chega Cleiton “Alcoholic Thrasher" Nunes (guitarrista das bandas Funebrö e Necrológio).

Em 2023, depois de 40 anos, é relançado o ep de estréia “Om Pushne Namah” em formato “split” com o projeto Zhema & the Electric Army (onde Zhema Rodero regravou as 4 músicas do ep, ao lado de outros amigos músicos). Já com novos riffs à caminho, o ano foi balanceado entre agenda de shows e novas composições, ao mesmo tempo que a banda trabalhava o retorno aos EUA para uma turnê entre outubro e novembro, com suporte da Mass Destruction Production (de Atlanta/Geórgia). Com o gigantesco atraso na liberação dos vistos de trabalho, a banda foi forçada a “abortar” a tour, e imediatamente, iniciou o processo de gravação do próximo álbum de estúdio.

No início de 2024, com o álbum prestes a ser lançado, o guitarrista Gerson Fajardo optou em deixar o grupo, após quase 9 anos. Foi quando C. Nunes deixa o posto de baixista e assume a 2ª guitarra, o que viabiliza o retorno do baixista Ivan Pellicciotti, que no período em que esteve fora do grupo, continuou trabalhando como técnico de som nos álbuns lançados pelo Vulcano. Em abril/2024 o álbum “Epilogue” é lançado nas plataformas digitais, tendo a versão física à cargo da High Roller Recs (da Alemanha), com quem a banda já havia trabalhado anteriormente, quando em 2012 o álbum “Tales from the Black Book” (de 2004) foi lançado na Europa.

2025 começou com o planejamento para mais uma tour pela Europa (no 2º semestre), em parceria com a Dragon Productions (da Alemanha). Mas na metade de março, o baterista Bruno Conrado sofreu um acidente de moto, que o forçou a se ausentar da banda até o fim do ano devido às lesões; com isso o grupo suspendeu a agenda de shows, mantendo apenas algumas datas “pontuais”, onde terá o suporte do ex-baterista Celso VX (que fez parte do grupo entre os anos de 2004 a 2006).


Formação:

Zhema Rodero - Guitarra (1981 - presente)
Luiz Carlos Louzada - Vokills (1997-2000, 2008, 2010 - presente)
Cleiton Nunez - Guitarra (2022 - presente)
Ivan Pellicciotti - Baixo (2024 - presente)
Bruno Conrado - Batera (2019 - presente)